Morar no exterior: como a ansiedade se manifesta e impacta a sua vida?
- marinagurgel0
- 9 giu
- Tempo di lettura: 2 min

A ansiedade pode se manifestar de diversas maneiras quando se mora no exterior. As situações vivenciadas nesse momento da vida, podem girar em torno: da adaptação à uma nova cultura, do distanciamento da família de origem e rede de apoio, da necessidade de 'dar conta de tudo', o que pode intensificar os sintomas.
Quando constante e desregulada, afeta não apenas os pensamentos, mas o corpo e a vida como um todo. E o corpo feminino, muitas vezes sobrecarregado por múltiplos papéis - como profissional, mãe, esposa, estudante, cuidadora - pode dar sinais claros que algo não vai bem.
A ansiedade não acontece somente na mente. Ela se manifesta fisicamente e, muitas vezes, esses sintomas são ignorados ou confundidos com outras questões de saúde. Alguns sinais comuns da ansiedade: tensão muscular (especialmente no pescoço, ombros e mandíbula); cansaço extremo, mesmo após uma noite de sono, dores de cabeça frequentes, dificuldades para dormir ou sono não reparador, palpitações cardíacas/sensação de coração acelerado, problemas gastrointestinais, como dores de estômago, náuseas, constipação ou diarreia, suor excessivo, mãos frias ou calor repentino, falta de ar ou respiração superficial, alterações no ciclo menstrual, como atrasos ou intensificação dos sintomas da TPM. Esses sintomas são formas do corpo comunicar que está em estado de alerta constante - uma caraterística típica da ansiedade crônica.
O impacto que a ansiedade pode gerar quando a pessoa escolhe mudar de país e viver uma nova realidade, pode ser grande. Pois essa mudança exige coragem, sair da zona de conforto e do lugar habitual. Pode-se encontrar um lugar de muita solidão e exaustão. A ausência da rede de apoio (família, amigos, cultura), as barreiras linguísticas e a pressão por 'se encaixar' podem gerar um sentimento constante de inadequação e insegurança.
Muitas pessoas que vivem no exterior carregam a responsabilidade de 'dar certo', mesmo quando estão emocionalmente sobrecarregadas. E, isso pode gerar autocobrança excessiva, como se precisassem estar sempre fortes e positivas, culpa por não estar fisicamente presente para a família no Brasil, isolamento social, por medo de não se comunicarem bem ou não serem compreendidas, desconexão com a própria identidade, tentando se adaptar a padrões culturais diferentes, dificuldade em pedir ajuda, seja por vergonha, orgulho, ou não saber a quem recorrer.
Reconhecer os sinais da ansiedade é um passo importante para recuperar o seu bem-estar. A sua saúde emocional importa, e está intimamente ligada à física, não tem como separar, uma afeta a outra. Morar fora não precisa ser sinônimo de sofrimento silencioso. Você não está sozinha. Buscar ajuda psicológica, conversar com outras mulheres que compartilham vivências parecidas e criar uma rotina de autocuidado pode fazer toda a diferença.
Se você sente que a ansiedade tem impactado seu corpo, seus relacionamentos, sua qualidade de vida, considere procurar um apoio profissional. Cuide-se com carinho, pois só você pode fazer isso por você! Estou aqui para te auxiliar nesse processo, te dando o suporte necessário.
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